02 jun. '25

Ōkami – muito mais do que aparenta

Ōkami é um jogo que certamente me surpreendeu de várias formas diferentes. O jogo chama a atenção, primeiramente, por seu estilo visual único e, o fato de ter sido dirigido pelo Hideki Kamiya, criador de Devil May Cry, também desperta bastante a curiosidade. Até mais que isso. Faz com que se tenha uma pré concepção do que se pode esperar do jogo, devido ao estilo bem característico do diretor. Coisa que cai por terra logo no início do jogo, e ainda mais ao longo da campanha.

No jogo controlamos Amaterasu, uma deusa encarnada em uma lendária raposa eu um Japão antigo carregado de mitologia, com a missão de restaurar o mundo e a fé das pessoas, além de enfrentar um mal de uma estória que se repete. Em um tom quase que divino, o jogo transmite uma sensação muito positiva, de que realmente estamos levando o bem para aquele mundo. Uma gratificação e vontade de que tudo fique bem por lá, muito único desse jogo. Literalmente levando cor e vida a um mundo que perdeu as cores e carece de natureza.

Apesar de o jogo possuir um combate que vai, aos poucos, se tornando mais profundo (mas nem tanto assim), o que brilha aqui é a exploração. Correr pelo mundo, conhecer as vilas, cidades e os personagens, concluir as side quests, descobrir as formas de alcançar lugares específicos – com um quê de Metroidvania – são atividades divertidas de se realizar. Os designs dos cenários são incríveis, sendo muito recompensadores ao serem explorados, e os personagens muito criativos visualmente.

Uma das surpresas que mais me impressionou foi em relação a história. O jogo é muito maior do que parece. A história é dividida em arcos, e é muito bem contada. O andamento da narrativa é leve e muito bem humorado, leva tempo para percebermos o peso e importância das nossas ações e de cada personagem, que aos poucos nos apegamos. Fui pego muito desprevenido no final, não esperava ficar emocionado com o jogo – chorei. Para mim foi um daqueles jogos que nos deixam “órfãos” depois de finalizar.

Amável. Essa é a palavra que define os diversos aspectos que compõem a obra. Desde a escolha artística de seus visuais exuberantes, inspirados em pinturas tradicionais japonesas, que se estendem de maneira importante na gameplay, permitindo ao jogador utilizar dessa técnica para pintar objetos e materializá-los no mundo jogo, até sua trilha sonora comovente, história linda e seus personagens singulares, com traços e atitudes bem específicos.

Ōkami é um forte concorrente ao meu jogo do ano e penso que o jogo se sustenta muito bem atualmente, com uma direção artística espetacular e uma jogabilidade que, mesmo não sendo tão fluida, remete aos bons tempos do PlayStation 2. Recomendo para todo mundo. Masterpiece.

27 maio '25

Seja bem-vindo ao Khalyr Videojogos!

Decidi criar esse site para servir como uma extensão da minha lista de jogos zerados, iniciada em 2023. Sinto que às vezes tenho vontade de falar sobre determinados jogos e quis ter um lugar dedicado para isso. Esse espaço será utilizado principalmente para escrever sobre as minhas experiências com os jogos, ou qualquer coisa que eu sentir a necessidade de compartilhar por aqui. Trarei tanto jogos que já finalizei no passado, quanto jogos que estou jogando ou que finalizei recentemente, sem nenhuma ordem específica. O intuito disso é, unicamente, deixar registrado os momentos mais significativos que tive com essa forma de mídia.